sexta-feira, 2 de julho de 2010

Broken Promise

Existem acontecimentos na vida, que somos obrigados a abandonar (…) A coisas mais simples, ou elementares, mas também as que acarretam as maiores sensações. Um nome, uma fotografia, um lugar, ou até mesmo uma simples música. Compete-nos a nós ser humano, ter o alento e determinação própria para assim superar todos esses índices de infortúnio.
Hoje levantei-me sem vontade, escutei o despertador por umas três vezes, e deparei-me incessantemente a deter o som perturbador que dele provinha mas, à quarta foi de vez, icei o meu próprio corpo da cama e nesse momento respirei fundo, tão fundo que me doeu o peito, cambaleei até á casa de banho e lavei a cara na esperança que me lavasse também os pensamentos… Não aconteceu.
A vontade de ir para a rua fora superior á de ficar em casa a arrastar-me pelo chão, vesti uns calções agarrei numa t-shirt, peguei na mochila e deixei o resto para trás (…)Cheguei a uma estação de comboios, sentei-me num muro e estaquei a olhar para o infinito… nesse instante tentei não pensar em nada, deixei-me ficar só comigo, e esperei (…) Acordei de algo que no fundo era a realidade, peguei em mim, e pus-me dentro de um comboio, sentei-me, em três minutos adormeci, não sei no que pensei, foi o bom disso, não pensei em nada, ou então não me recordo (…) Senti algo na perna, mas não liguei, não queria acordar e voltar ao real que tanto me apavora, mas … Voltei a sentir aquele toque, abri os olhos, era uma rapariga a dizer-me que tínhamos chegado á - estação terminal - .Levantei-me lentamente, friccionei os olhos ainda cobertos de sono dei uns quantos passos e cheguei á porta da carruagem…nessa altura ainda sentia a visão turva, mas rapidamente saí dali para fora, com um passo apressado defendi-me de toda a multidão de seres que pareciam perseguir-me. Fui sentar-me num espaço que estava perto de ser despovoado, pensei em tudo pelo que já passei, cogitei sobre todos os momentos em que me desampararam, pensei em quem me fez promessas e depois as quebrou (…) ah! Como odeio promessas.Recordei tudo como se a vida fosse um filme com Play e Pause. Há dias em que custa tanto virar costas ás recordações, fazer com que tudo nos passe ao lado, desprezar algo que nos marcou, mesmo que não tenha sido pelos melhores fundamentos, a verdade é que a memoria não nos deixa largar.O tempo persiste a passar e a cada dia dói menos, mas há sempre algo que nunca se desata de nos (…)
Neste filme, quero um botão REC. Quero que as pessoas sejam todas boas, quero que as mentiras sejam pagas, e as verdades renumeradas, quero que a sinceridade dê lucro, quero um mundo melhor.


P.S – Quebraste a Promessa.




Marta Branco
01.06.10
00h46

2 comentários:

  1. As promessas são sempre más. É (quase) inevitável. Era bom que fosse assim. Mas infelizmente não é tudo tão simples. E é preciso haver algum equilíbrio. Deixa que as pessoas más vivam e que exista a mentira, é com elas que aprendes. Que perdes a ingenuidade. A inocência não digo. Mas a ingenuidade sim. Tens é que aprender a viver assim.

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